O Bosque das Seringueiras em Belterra: Biodiversidade, Ciência e Memória na Amazônia

No coração da Amazônia, Belterra guarda uma história única, que remonta à época em que Henry Ford tentou transformar a floresta em um centro de produção de borracha para a indústria automobilística. Hoje, o Bosque das Seringueiras é um espaço que preserva essa história, abrigando o MuCA (Museu de Ciências da Amazônia) e o Centro de Memória de Belterra, que mantêm viva a herança cultural, científica e ambiental da região.

A História de Belterra e o Projeto de Henry Ford

Na década de 1930, Henry Ford idealizou um ambicioso projeto para transformar a Amazônia em um polo de produção de borracha. Ele iniciou seu sonho na Fordlândia, mas devido a dificuldades com o solo e doenças, a iniciativa se transferiu para Belterra. Com planejamento e infraestrutura no estilo americano, Belterra teve escolas, hospitais e sistemas urbanos modernos, mas enfrentou problemas técnicos e o advento da borracha sintética, levando ao encerramento do projeto em 1945.

AD 4nXe0TVDEqSr17kKEbJv2e0 uT4XakQt q62fSgLRkonjtvhVm345XPZjkXBKsT vUgF5AmCUrjoY9lhHYcwmhw vorqs75pxJXY5QwT7wjvsYK JSlHgqHMpwr2qkm47LPLCMvOrw9n hNXw2umBBdYje1nA?key=v4yLO3qfEBBV5iG2eAyOSv5 - ONG zoé
Plantação das seringueiras nos anos 1930 (Foto: Blog do Padre Sidney Canto)

O Bosque das Seringueiras: Guardião da Vida e do Conhecimento 

Hoje, o Bosque das Seringueiras representa o legado vivo daquele período e é muito mais do que um marco histórico. Abriga o MuCA, o Museu de Ciências da Amazônia, uma iniciativa voltada à preservação da biodiversidade e pesquisa genética, que utiliza o potencial da floresta para impulsionar o desenvolvimento sustentável da bioeconomia.

O MuCA integra ciência e indústria de forma respeitosa, abrindo uma nova era para a bioeconomia na região. Situado próximo à Floresta Nacional do Tapajós, o museu é um espaço único, dedicado a difundir ciência e formar jovens para empreender e liderar projetos que respeitem o meio ambiente e valorizem a biodiversidade. Ele se apoia em um imenso banco genético vivo e promove iniciativas que aliam o conhecimento tradicional ao científico, além de incentivar a criação de produtos sustentáveis voltados para a saúde e com critérios ESG.

AD 4nXfh38KCN0zMRNHCWgRuBZb9wyAHS2NxI6qM8dNp1hCJgS2 aO6VSv zVyJkQn35vt3dOJkiz hjjpjSDQLux879Wi0MImykLbtVZEsMt3R8Awwew9AqOnXXPprl4ASakBdJMVaJm s YuKvW UHZZRpGDYF?key=v4yLO3qfEBBV5iG2eAyOSv5 - ONG zoé
MuCA – Museu de Ciências da Amazônia

Centro de Memória de Belterra: Guardião da História 

Outro ponto imperdível no bosque é o Centro de Memória de Belterra. Esse espaço, que era a antiga Casa dos Médicos, foi restaurado e hoje preserva documentos, fotografias e objetos que contam a história da cidade, desde a presença da Ford até a transformação cultural da comunidade local. Ali, visitantes conhecem a trajetória de Belterra e a influência duradoura desse período sobre o modo de vida dos moradores.

AD 4nXf4T8aG0G7tzfn45AKL DtWlxiSCZSXIhKPWAQGoWbO3jhtRI0IHLPuOPR TYa2If5bpDvPERp0rhoOOwEf2hqp7BEcq0Xj7LQ0vkuX MhzR1XMZZfl4Ewtr5zEUkYLLANf9lCWC8gzG8K NJfp3U0j Bw?key=v4yLO3qfEBBV5iG2eAyOSv5 - ONG zoé
Casa dos Médicos (Foto: Vidal Bemerguy)

O Bosque das Seringueiras, o MuCA e o Centro de Memória de Belterra são portais para o passado e o futuro da Amazônia. Esses espaços não apenas preservam memórias, mas também representam o potencial da região para liderar o desenvolvimento sustentável da bioeconomia. Em Belterra, a natureza, a ciência e a história se unem, oferecendo uma experiência rica e educativa para todos que visitam.

Outros artigos que podem interessar